Câncer de ovário

Oncologia


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Epidemiologia

O câncer de ovário corresponde a cerca de 6% das neoplasias malignas da mulher e o risco de desenvolver câncer de ovário durante a vida é cerca de 1 em cada 69 mulheres. Cerca de 85% dos casos são originários do epitélio, a camada mais externa do ovário. A incidência começa a aumentar a partir dos 45 anos de idade e atinge um pico de incidência na menopausa (sexta e sétimas décadas de vida).

A grande maioria do casos são considerados esporádicos (90%), mas em menos de 10% dos casos podem estar ligados à Síndrome de Câncer de Mama e Ovário Hereditário. Esta síndrome está relacionada à mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2 e as pacientes portadoras tem um risco elevado de desenvolver câncer de mama e ovário. A suspeita inicial se faz pela história familiar da paciente.

A maioria dos cânceres de ovário não geram sintomas em seu início. Os sintomas geralmente estão relacionados com a sua disseminação e são mais comuns sintomas não específicos como empachamento, mudança do hábito intestinal, aumento da frequência para urinar, emagrecimento e aumento do volume abdominal.

Sabe-se que o uso de anticoncepcional oral por mais de 5 anos durante a vida é fator protetor para não desenvolver câncer de ovário.

O dois grandes problemas do rastreamento para detecção precoce do câncer de ovário são: a menor incidência do tumor e os métodos atuais de rastreamento (ultrassom pélvico e marcadores tumorais) não são muito específicos e eficazes.

O câncer de ovário do tipo epitelial pode aumentar um marcador tumoral que é mensurado no sangue chamado CA125. Porém esse marcador não é específico de câncer de ovário e pode estar aumentado em patologias benignas principalmente na pré-menopausa como a endometriose, miomas, insuficiência hepática, doenças inflamatórias do peritôneo e gravidez. Ele está aumentado em cerca de 85% das doenças avançadas, porém somente em 50% dos casos iniciais.

Infelizmente o câncer epitelial de ovário é descoberto em 75% dos casos em um momento mais avançado da doença e quando já há disseminação no abdome. A principal via de disseminação é por implantes. Toda cavidade do abdome é recoberta por um tecido chamado peritôneo e este produz e absorve fisiologicamente o líquido peritoneal. As células malignas do ovário caem neste líquido, circulam e podem se implantar em qualquer local da cavidade abdominal. É a chamada carcinomatose. As outras duas vias de disseminação são via linfática para os linfonodos (gânglios) da pelve e retroperitôneo (local atrás do intestino).

O diagnóstico, estadiamento (saber como está a doença) e tratamento iniciais são com cirurgia. Quando há a suspeita de câncer de ovário a cirurgia deve ser realizada por via convencional, incisão mediana (vertical para avaliação adequada de toda cavidade) e realizada por um cirurgião especializado em oncologia ginecológica.

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